quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Não fique na dúvida!

Recebi esse e-mail de uma colega de trabalho e decidi postá-lo no blog, pois as dúvidas apresentadas foram muito interessantes. O e-mail foi adaptado para preservar conteúdos relevantes. Veja:

Sâmara,
 
Estou com algumas dúvidas referentes à escrita e também ao sentido das palavras na frase. Gostaria muito que você pudesse me auxiliar.
 
1 - Como escrever MALFEITO ou MAUFEITO, MAL FEITO ou MAU FEITO, MAL-FEITO ou MAU-FEITO? Vale também a regra do mal ou mau?
 
2- O cliente que optar pelo parcelamento VAI ou IRÁ pagar sem o desconto do banco? Qual a diferença e quando deve ser aplicado o vai ou irá? E como seria a frase escrita corretamente?

Obrigada,
Jaqueline Madureira.
 
Relaxe, Jaque. Não fique assim tão MAL... O importante é tirar a dúvida. Se ligue:
 
Sobre a grafia de 'mal feito' ou 'mau feito'. O uso correto é mal, pois uma coisa MAL feita não está BEM feita. A grafia é mal feito, sem hífen. Só teria hífen se o segundo elemento começasse com uma vogal ou com a letra H, como mal-educado, mal-humorado.
 
As diferenças entre ‘vai’ e ‘irá’ são as seguintes:
  • O verbo VAI é a 3º pessoa do singular do PRESENTE do verbo ir:
    Eu vou, tu vais, ele vai, nós vamos, vós ides, eles vão.
  • O verbo IRÁ é a 3ª pessoa do FUTURO DO PRESENTE do mesmo verbo, o IR:
    Eu irei, tu irás, ele irá, nós iremos, vós ireis, eles irão.
Assim, no contexto em que você me perguntou, o correto é utilizar o verbo IRÁ, uma vez que o pagamento será feito depois que o cliente decidir parcelar ou não. O pagamento será no futuro. Ou seja:

'O cliente que optar pelo parcelamento IRÁ pagar sem o desconto do banco.'

Espero ter te ajudado. Fique bem... (porque boa você já é!!!)

5 comentários:

rosianyluz disse...

Olá Samara! Vi uma explicação de outro professor que vai de encontro com o que você explicou. Fiquei confusa agora...
Veja aí:

Uma das manchetes do dia mencionava um ex-integrante do programa "Big Brother Brasil":

- Globo irá tirar do ar quadro de Alemão no Fantástico

É difícil dizer que uma construção é "errada" quando ela se torna coloquial na vida do brasileiro.

É o caso de locuções verbais como a lida acima: "irá tirar", "irei fazer", "iremos comprar".

Já ouvi (mas não li) de gente séria que se trata de um exagero condenar construções assim.

Pessoalmente, concordo.

Mas, à luz de quem prefere seguir o "rigor" das gramáticas normativas, a locução apresenta problemas.

A forma composta do futuro do presente, dizem as gramáticas, é "vai + verbo no infinitivo" (e não "irei" + infinitivo):

- "vai tirar", "vou fazer", "vamos comprar".

Num texto que exija uma adequação maior à norma culta, como o jornalístico, essa seria a melhor opção a seguir:

- Globo vai tirar do ar quadro de Alemão no Fantástico.

JOTABE disse...

Professora, não querendo ser chato mas sendo. Na primeira frase da sua resposta, a sra dá uma pisadinha na bola. A professora usa: "SE LIGUE". Embora seja permitido na linguagem coloquial, na norma culta não se inicia frase com pronome átono.

JOTABE disse...

Professora, não querendo ser chato mas sendo. Na primeira frase da sua resposta, a sra dá uma pisadinha na bola. A professora usa: "SE LIGUE". Embora seja permitido na linguagem coloquial, na norma culta não se inicia frase com pronome átono.

Moa disse...

"O cliente que optar pelo parcelamento PAGARÁ sem o desconto do banco."

Poderia ser assim?

Moacir Santos

Moa disse...

"O cliente que optar pelo parcelamento PAGARÁ sem o desconto do banco."

Poderia ser assim?

Moacir Santos

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